Por Redação- 05/11/2016
Iniciou-se, no dia 19 de outubro, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a produção de vídeos com jovens aptos à adoção que será disponibilizado apenas para candidatos a adotantes já habilitados.
No material as crianças e adolescentes contam um pouco sobre suas histórias e rotinas em abrigos e casas lares da capital. O projeto piloto será realizado na Comarca de Porto Alegre e integra a campanha Deixa o Amor te Surpreender, lançada no dia 14 de outubro. A ideia é incentivar a adoção de crianças com mais de 10 anos, adolescentes, grupos de irmãos e jovens com deficiência.
"O objetivo é contar a história desses jovens, sem expô-los, mas que a gente possa também trazer uma reflexão para as pessoas dispostas ao processo adotivo, para que possam ampliar o perfil desejado, dentro do espírito da campanha", afirma o juiz Marcelo Mairon Rodrigues, titular do 2º Juizado da Infância e Juventude da capital.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza que os direitos deles devem ser assegurados com absoluta prioridade. "O que estamos fazendo aqui é tirar essa prioridade do papel para colocá-la na prática", ressaltou o magistrado.
Na primeira casa lar visitada, vivem oito jovens, com idades entre 7 e 17 anos, dos quais seis estão aptos para adoção. Em todos os casos, o uso de drogas por parte dos pais está ligado aos motivos que levaram ao afastamento da família de origem.
Quanto maior a idade, mais difíceis as chances de adoção, pois o perfil procurado pela maioria dos candidatos a adotantes é de crianças de até 3 anos. Atualmente, no Rio Grande do Sul 90% dos jovens aptos para adoção têm mais de 10 anos.
Para os adolescentes a partir dos 14 anos, a psicóloga conta que é feita uma preparação, trabalhando a autonomia para deixarem o abrigo.
Com foco nas adoções de crianças com mais de 10 anos, adolescentes, grupos de irmãos e jovens com deficiência, a campanha Deixa o Amor te Surpreender foi lançada pelo Poder Judiciário no dia 14 de outubro.
Entre as medidas já tomadas, o 2° Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre recebeu o reforço de mais uma magistrada e servidores. A unidade está promovendo ainda seminários com candidatos a pais adotivos, esclarecendo dúvidas sobre os aspectos jurídicos e técnicos da matéria e possibilitando a troca de experiências sobre o tema e despertar a reflexão sobre a adoção tardia.
Além da campanha, a Coordenadoria da Infância e Juventude do Rio Grande do Sul está desenvolvendo outros projetos para propiciar a convivência familiar nas diversas comarcas do estado, tais como: Apadrinhar (programa de apadrinhamento afetivo), Preparação para Adoção (sistematização dos encontros preparatórios com os candidatos à adoção), Entrega Responsável (programa que orienta mães e gestantes que manifestam o interesse em entregar seu filho em adoção) e o Busca Se(R), que são ações de busca ativa para a localização de famílias para as crianças e adolescentes que não tiveram possibilidades de adoção imediata pelo Cadastro Nacional de Adoção e que ainda aguardam um lar.
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Fonte: TJRS .Imagem Ilustrativa do Post: Adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas ganham espaço de leitura // Foto de: Agência Brasília // Sem alterações Disponível em: https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/19526660565 Licença de uso: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode