Combatendo a escravidão contemporânea nos EUA

27/12/2016

Por Andressa Darold - 27/12/2016

Maria Grazia Giammarinaro, relatora especial da ONU sobre tráfico de pessoas, alertou as autoridades norte-americanas sobre a  importância de manter as leis e medidas já existentes de proteção às vítimas do trabalho forçado e outras formas contemporâneas de escravidão.

Segundo a ONU, no ano de 2015, 75% das ocorrências relatadas nos Estados Unidos estavam ligadas ao tráfico para exploração sexual, 13%, ao tráfico de pessoas para trabalho e 3%, a ambos, não sendo especificado os outros 9%.

A especialista anunciou que "para identificar o tráfico e proteger os direitos das pessoas traficadas, é necessário adotar uma abordagem preventiva e minimizar as vulnerabilidades de pessoas expostas a esse tipo de crime, especialmente os migrantes sem documentos", ressaltando também que "muros, cercas e leis criminalizando a migração irregular não previnem tráfico humano".

Expondo a problemática relacionada aos migrantes sem documento, Maria solicitou ações mais efetivas para identificar as diferentes formas de escravidão moderna. A especialista tratou também de outras parcelas vulneráveis da população, afirmando que "o visto temporário para os trabalhadores migrantes, na agricultura ou em outros setores, que vincula cada trabalhador a um determinado empregador, os expõe ao risco de exploração e de tráfico, pois eles são impedidos de denunciar atrocidades por medo de perderem o emprego ou o status de residência".

Fonte: ONUBrasil 


Imagem Ilustrativa do Post: NOT for sale: human trafficking // Foto de: Ira Gelb // Sem alterações

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