Operação Lava Jato: segundo delatores, campanhas presidenciais de 2014 receberam mais de R$ 35 mi em caixa 2

23/04/2017

Por Redação - 23/04/2017

De acordo com levantamento realizado pelo site Agência Brasil a partir dos depoimentos de cinco executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, as campanhas eleitorais presidenciais do PT, do PSDB e do PSC, em 2014, tiveram R$ 24 milhões, R$ 7 milhões e R$ 6 milhões, respectivamente, em repasses ilícitos.

Responsável pelas maiores negociações, o ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, contou em seu depoimento que, após acertar os valores com partidos e candidatos que receberiam apoio, as doações eram operacionalizadas entre seus subordinados e representantes dos candidatos. Segundo ele, como havia um limite para doação oficial, a Odebrecht sempre recorria ao caixa 2 para concretizar os repasses acertados previamente.

Marcelo Odebrecht, também afirmou que outros valores chegaram a ser repassados ainda na época da pré-campanha. “A partir daí, dentro da nossa lógica empresarial, de que campanha presidencial era comigo, eu comecei a definir os valores de pagamento. Eram R$ 500 mil por mês por dez meses pré-campanha e que foram operacionalizados antes da abertura do comitê dele. Esse foi o valor que eu acertei com o Aécio. Depois fizemos uma doação oficial, de R$ 5 milhões, mais ou menos o mesmo valor que a gente deu para a Dilma", disse o executivo.

Os partidos políticos e os candidatos citados nos depoimentos negam o recebimento ilícito de qualquer recurso para o financiamento de suas companhas. Me modo geral, todos eles afirmam que o dinheiro destinado às campanhas eleitorais sempre foi arrecadado em conformidade com a legislação eleitoral.

Confira a matéria completa.

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Fonte: Agência Brasil


Imagem Ilustrativa do Post: It’s a deal – here’s the money // Foto de: Henrik Sandklef // Sem alterações Disponível em: https://www.flickr.com/photos/63114905@N06/18151984640 Licença de uso: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode
 

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