Por Redação - 12/11/2015
Segundo o site do Conselho Nacional de Justiça, uma das diretrizes prioritárias para o biênio 2015/2016 previstas na Resolução n. 16/2015 é ampliar o desenvolvimento da Justiça Restaurativa no país, a qual se propõe a solucionar conflitos pela criatividade e pela sensibilidade na escuta das vítimas e dos infratores a fim de otimizar a reparação dos danos causados por um crime ou infração.
E isto vem sendo muito bem realizado pelo núcleo da Justiça Restaurativa da Comarca de Tatuí, no interior de São Paulo. Os adolescentes apreendidos pichando a cidade são encaminhados para círculos de debate e posteriormente passam a integrar projeto de mapeamento de pontos aptos para grafitagem na cidade.
Os círculos de debate são promovidos pela Secretaria Municipal de Cultura e conta com representantes do movimento hip hop. Também participam das discussões familiares, membros da comunidade, e, ainda, as entidades que, com seus projetos, possam atender às necessidades e sonhos dos jovens e de suas famílias. Durante os encontros também são discutidos conflitos escolares, tais como brigas entre alunos e danos ao patrimônio no interior ou nas imediações das escolas.
O Magistrado Marclo Nalesso Salmaso ressaltou que “durante os círculos, os jovens compreenderam o erro e suas responsabilidades pelo ocorrido, mas, ao mesmo tempo, a comunidade e os representantes do Poder Público atentaram para o fato de não existir, no município, um espaço para que esses garotos expressassem e desenvolvessem sua arte, de uma forma aberta e livre de preconceitos”.
De acordo com Luís Antônio Galhego Fernandes, que atuou como facilitador em três círculos restaurativos com os jovens e é coordenador do Curso de Tecnologia em Produção Fonográfica da Fatec e presidente do Conselho de Políticas Culturais de Tatuí, “a ideia é aproveitar essa veia cultural dos jovens e oferecer a eles um caminho, entender qual é o desejo deles como profissão e canalizar essa rebeldia e o desejo de se expressar próprio da adolescência para uma ação cultural, fazendo com que eles entendam o que é patrimônio histórico”.
Fonte:
Imagem Ilustrativa do Post: Arte urbana - Lágrimas de chuva // Foto de: Cícero R. C. Omena // Sem alterações
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