VIDA  

05/03/2021

 

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Não sabemos quanto tempo temos, não sabemos nada sobre o dia de amanhã; ao mesmo tempo em que fazemos planos, não sabemos quanto tempo levaremos para realizá-los. Somos humanos, somos falhos, erramos, aprendemos, acertamos. Vivemos momentos achando que farão parte do futuro, mas que acabam se tornando apenas memória, história; ao mesmo tempo em que vivemos momentos que dariam um livro, mas que palavras não descrevem, por conta da marca que deixam em nossas mentes, em nossos corpos. Vivemos horas que parecem não ter fim, e dias que passam num piscar de olhos. Neste meio tempo em que estamos aqui, somos passado, somos futuro, somos a beleza do incerto, somos o olhar, a fala e o toque, a intimidade, somos a saudade, a revolta e a paz, somos o ódio e o amor. Não sabemos quanto tempo temos, mas podemos aprender com ele. Sabemos pouco sobre muito e muito sobre pouco. O "muito" que sabemos é o pouco que vivemos. Ou vivemos pouco daquilo que poderia ser muito, porque tudo acontece em muito pouco tempo. Sabemos pouco sobre a vida, mas sabemos que ela pode ser linda, pode ser boa, mesmo em meio ao caos, bem como sabemos que ela pode ser leve, pode ser simples, pode ser repleta de sentimentos, de sonhos e de realizações. Se pouco sabemos sobre a vida, é quase vago o nosso conhecimento sobre a morte, mas já é de se saber que quem não sente, quem não ama, quem não busca conhecimento e não pensa em se autoconhecer, já está morto por dentro. A vida é a certeza da incerteza – e talvez seja isso que a torne tão bela.

 

Imagem Ilustrativa do Post: the heavens at sea // Foto de: John Valentine II // Sem alterações

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