UM MERGULHO NO AZUL  

10/07/2020

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Já havia um tempo que os primeiros raios solares teriam tocado na janela do quarto, e havia uma inércia envolta ao meu corpo e entrelaçada à minha mente. Não conseguia desprender o olhar da xícara de café, pois estava imergida no "café buraco negro" e dentro de um "instante - quase" era como se a vida não fosse real. Me deparei pensando em momentos em que a vida se ausenta e se torna irreal. Tinha rabiscado dois versos e não saía disso. Presa em palavras. Então, virei o rosto e pus o olhar na janela para contemplar o dia e suas cores vibrantes me levaram a questionar sobre o modo que enxergamos os tons e como precisamos ressignificar as cores em dias nublados.

Tornei a pensar no "café buraco negro", eu parecia mais um nefelibata que desconhece o equilíbrio entre o real e o irreal, entre a superfície e o profundo, entre o ser e o não ser. "E se eu fosse eu?" Porque eu tenho que ser? Não se foge do ser! Onde o eu persiste? E por que resiste?  Penso que é uma constante. Um mergulho no azul escuro do oceano e um voo em velocidade frenética aos azuis celeste dos céus. Tudo ao mesmo tempo. E tudo resulta em nada e em verso.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Fish Underwater // Foto de: Blaque X // Sem alterações

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