UM BANCO QUALQUER

16/08/2023

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

O que a fala faz quando é dita pelo que vem de dentro faz estremecer, com a possibilidade de que seja apenas só mais uma fala, em muitos dos casos, só um momento. Se temos possibilidades de nos entregar aos momentos não importa a logística sobre a próxima fala, se o banco vagar, teremos Vodka. Para algumas pessoas na área do direito, a maior vitória não é a de solucionar um caso, mas do próprio caso sobre entender-se, manter a ordem, a normalidade, até o próximo gole.

Aquelas falas morriam ali, a tarefa do intolerável em um olhar se torna trivial, se nós propusermos um acordo a dor desse gole tenderá a passar, como as marés passam pela areia da praia, ou como um choro passa pela madrugada.

A única razão que um sujeito tem para desdenhar do sentir, é a ausência dele, mas também dá para sentir sem estar perto. Porém a gente ouve ridicularizarem tais provas, não se pode escolher um lugar para morar, pois as vezes tudo pode residir em um banco no meio do nada, lá vai outro gole, coube uma ideia maluca.

Ele mordeu o canto do lábio e foi para a segunda garrafa, o rosto e os lábios já estavam vermelhos, a franzida na testa apareceu, como se tentasse decifrar um caso particular, mas se tratava de outro caso. Dois goles de Vodka da segunda garrafa, o silêncio deixava aquele momento ainda mais único. A realidade é clara, o essencial para a vida encontra sua desordem naturalmente, bebam com Vodka essa desordem, se entreguem.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Drink it up // Foto de:  // Sem alterações

Disponível em: https://www.flickr.com/photos/sorenwolf/27545184681

Licença de uso: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

Sugestões de leitura