Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Francisco Tárrega toca em meus ouvidos
Simbiose de dor e calmaria em notas
Chove lá fora
Ou seriam minhas lágrimas?
Se não as deixo notar em mim
As transporto ao exterior.
Ao me distrair do fracasso acumulado
Busco algo sobre Tárrega
Como é possível produzir notas tão melancólicas
Tão iguais a mim
Daqui, vejo tons de cinza e nada mais
Vagarosas lágrimas escorrem nas micro janelas
Como sói de ser nessa quarta-feira amargurada
Nessa cadeira desajustada
Nessa sala infestada
De fingimentos
De desprezos
De temor.
Ainda assim,
tenho Tárrega,
assim como
tenho a mim.
Imagem Ilustrativa do Post: Mixed-1 // Foto de: Coconut Cove // Sem alterações
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