TÁRREGA

24/05/2023

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Francisco Tárrega toca em meus ouvidos

Simbiose de dor e calmaria em notas

Chove lá fora

Ou seriam minhas lágrimas?

Se não as deixo notar em mim

As transporto ao exterior.

Ao me distrair do fracasso acumulado

Busco algo sobre Tárrega

Como é possível produzir notas tão melancólicas

Tão iguais a mim

Daqui, vejo tons de cinza e nada mais

Vagarosas lágrimas escorrem nas micro janelas

Como sói de ser nessa quarta-feira amargurada

Nessa cadeira desajustada

Nessa sala infestada

De fingimentos

De desprezos

De temor.

Ainda assim,

tenho Tárrega,

assim como

tenho a mim.

 

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