SOZINHA DE NOVO

16/07/2023

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Sozinha de novo
Eu sou o silêncio do deserto.
Eu olho para mim, espírito incerto
Eu pergunto-me: o que há de errado

Que não pode ser consertado?
O que foi quebrado
Para que tanta solidão possa
Me invadir?

Como se eu fosse uma janela aberta
Chamando alguém que espera
Que outras coisas aconteçam
Até decidir vir.

Por que estou nos últimos sonhos das pessoas?
Nas últimas chances? Nos derradeiros pensamentos?
Naquilo que não tem jeito, que não resta mais sentimento
Naquilo que já desistiu do que queria e ressoa

Um grito de socorro
E espera que aconteça
Um milagre, e que sua cabeça
De repente se resolva

Quando querem paz, eu, deserto
Olho para meu espírito incerto
Que acolhe, e alivia
Até que possam ir embora

e encontrar alegria

Mas eu, deserto, espírito incerto
Pergunto-me, meio desconfiado
Meu Deus, o que há de errado?
Por que estou aqui?

A doar-me depressa
Como oceano e me deságuam
Como vida e me estragam
O que há de errado em mim?"

Imagem Ilustrativa do Post: sudoeste 03 // Foto de:  // Sem alterações

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