SONETO DA INQUIETUDE

17/12/2021

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Essa vida dialética é um imenso turbilhão, por vezes eu sou tristeza, as vezes animação. Às vezes sou sentimento, tem vezes que sou razão. Quando a quando sou sozinha, poucas vezes, multidão.

Esse eu tão infinito, mergulhado em ação; por vezes tão analítico, outras só reflexão. Às vezes sou menininha, em outras sou mulherão. Por vezes sou juventude em uma dança de estação, às vezes sou finitude.

Tem horas que não me caibo, em outras não me completo, simplesmente confusão. O meu eterno devir, que deixa tudo fluir, por vezes só que parar. Uma vontade de saber, vez em quando esquecer evitando não sofrer. Essa eterna oposição entre mente e coração é quem rege o meu viver.

A auréola, o pecado, o profano e o sagrado; um misto de agitação. Por vezes sou água límpida, às vezes suja e escura; tem vezes que sou doçura, outras puras amarguras; sintetizando tudo isso, sou pura consumição.

 

Imagem Ilustrativa do Post: white book // Foto de: Elisa Calvet B. // Sem alterações

Disponível em: https://unsplash.com/photos/S3nUOqDmUvc

Licença de uso: https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/

 

 

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

Sugestões de leitura