SOBRE A LIBERDADE EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL

22/05/2020

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Falar sobre liberdade exige um esforço maior do que nós podemos dar. A liberdade não pode ser conceituada com apenas “(do latim: libertas) a condição daquele que é livre”. É vago demais. Clarice Lispector almejava algo além da liberdade, o qual ela não conseguiu nominar. Algo que transcende a alma.

Em tempos de isolamento social se faz necessário guardar-se no casulo, embora estejamos limitados fisicamente a mente humana não se aprisiona, ela transcende o conceito de liberdade, e se desloca aos aprendizados e prazeres, que fazem parte da montanha russa que é a vida.

O casulo em que imergimos serve para ressignificar a vida. Podemos frear e ter percepções sobre nós mesmos, ou entender que conseguimos viver com o pouco. A vida é além de nascer e morrer. É sobre a aprendizagem, é sobre os prazeres. É sobre descobrir uma sabedoria instintiva, e como toda arte, sentir a necessidade de lapidar-se e mergulhar no oceano que é o Ser.

É olhar no espelho e perceber o óbvio: eu existo.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Bio-testamento: il registro elettronico nazionale del Notariato è già pronto. // Foto de: Camillo Verde // Sem alterações

Disponível em: https://flic.kr/p/JosEdx

Licença de uso: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

Sugestões de leitura