Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Falar sobre liberdade exige um esforço maior do que nós podemos dar. A liberdade não pode ser conceituada com apenas “(do latim: libertas) a condição daquele que é livre”. É vago demais. Clarice Lispector almejava algo além da liberdade, o qual ela não conseguiu nominar. Algo que transcende a alma.
Em tempos de isolamento social se faz necessário guardar-se no casulo, embora estejamos limitados fisicamente a mente humana não se aprisiona, ela transcende o conceito de liberdade, e se desloca aos aprendizados e prazeres, que fazem parte da montanha russa que é a vida.
O casulo em que imergimos serve para ressignificar a vida. Podemos frear e ter percepções sobre nós mesmos, ou entender que conseguimos viver com o pouco. A vida é além de nascer e morrer. É sobre a aprendizagem, é sobre os prazeres. É sobre descobrir uma sabedoria instintiva, e como toda arte, sentir a necessidade de lapidar-se e mergulhar no oceano que é o Ser.
É olhar no espelho e perceber o óbvio: eu existo.
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