Sentir

13/09/2020

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

A cada dia me sinto desmoronar, peça por peça, até não sobrar nada do que eu sou.

A cada instante luto contra os meus pensamentos e me vejo de cara com um espelho cheio de coisas que eu não aceito em mim. Sinto-me perdido, doído na alma.

Desmorono-me, por dentro e por fora. E neste período de clausura social, boa parte de mim se esvai pelo ralo da convivência.

Sinto falta do que eu sou e temo pelo que serei após toda essa loucura. É um misto de esperança e medo daquilo que virá da fé que eu tenho e do que não creio e questiono.

Dia após dia, escrevo diferente do que eu sinto. As linhas são retas, os argumentos são certeiros, mas o sentir vai na linha oposta. É uma sensação muito estranha.

A cada dia que passa, me sinto ruir. Temo não sobrar nada de mim.

 

Imagem Ilustrativa do Post: feeling // Foto de: eternal happiness // Sem alterações

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