Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Em frente ao senhor juiz, sim,
Confesso este, o meu único crime:
Roubar teus olhos – tomá-los pra mim –
A fim de te fazer verso sublime.
Uso, como arma, a poesia
A fim de consumar tal fato.
A violência da arte me auxilia:
Torno concreto perigo abstrato.
Por isso, eu sou réu-confesso.
O meu crime, isto, eu assumo:
Sequestro tua imagem pra inspirar
O meu, aquele que é teu, verso.
Este crime eu não tento, consumo
Em poesia pra te eternizar.
Imagem Ilustrativa do Post: Pataphysical Time // Foto de: Fabrice Florin // Sem alterações
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