RÉU CONFESSO

08/02/2023

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Em frente ao senhor juiz, sim,

Confesso este, o meu único crime:

Roubar teus olhos – tomá-los pra mim –

A fim de te fazer verso sublime.

 

Uso, como arma, a poesia

A fim de consumar tal fato.

A violência da arte me auxilia:

Torno concreto perigo abstrato.

 

Por isso, eu sou réu-confesso.

O meu crime, isto, eu assumo:

Sequestro tua imagem pra inspirar

 

O meu, aquele que é teu, verso.

Este crime eu não tento, consumo

Em poesia pra te eternizar.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Pataphysical Time // Foto de: Fabrice Florin // Sem alterações

Disponível em: https://www.flickr.com/photos/fabola/25930607812

Licença de uso: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

Sugestões de leitura