Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
“Eu sei muito bem como é ir para rua, em cumprimento de pena, e tentar trabalho, emprego, ter que estudar, conviver em família sob a expectativa da tal ressocialização. Qualquer grito é sinônimo de desequilíbrio, o silêncio é interpretado como intento criminoso. Qualquer agitação é pressa pelo tempo perdido, toda pausa é a preguiça do prisioneiro. Toda e qualquer ação e reação é questionada. Só pode ser dócil, qualquer sentimento precisa ser anulado, pois o ressocializado não é um ser humano, é um criminoso que se tornou um institucionalizado operacional. É muito triste tudo isso. Fui escapulindo, batendo aqui, escorando ali, saltando mais na frente, me escondendo. Por sorte, permaneço vivo, sem registro de novo crime ou prisão e em liberdade até a presente data”
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