RELUZ

17/07/2024

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

A manhã passa devagar

Num doce raiar do dia...

É quando penso em te deixar, mas de te amar

Mais uma vez, eu nunca deixaria.

 

Mais tarde, vou velejar

Pelas suas estrelas

Que são suas cicatrizes, a formar

Escadarias mais perfeitas

 

Que me levam à memória

A recordação da tua força, da paixão

Que por nós dois, você, lá fora

Sempre acreditou, nunca disse não.

 

E é assim que, quando a tarde cai,

Eu sinto que o perdão

É quem mais uma vez se sobressai

Os casais se vão

 

Para algum lugar quentinho,

Do calor das juntas mãos

À lareira, o canto dos passarinhos

Do mais apaixonado coração.

 

Minhas mãos estão vazias

Carrego apenas as memórias

Das noites em que, perdidas

As estrelas, lá fora

 

Brilharam para você sorrir

Enquanto experimentávamos do perdão.

Mesmo assim, não queria te ver partir

Assim, as batalhas se vão.

 

E foram, não há motivo para ficar

E se ficassem, a minha alma em seu coração

Onde, hora dessa, estaria ou estará?

Ausência incerta: sorriso de cá, não é o mesmo não.

 

Mas antes de anoitecer

As estrelas, lá fora, perdidas

Vão te dizer

O que eu, aflita

 

A segurar sua mão

O choro tomaria.

Deixaria que a minha vida

Pulsasse em sua razão.

 

Até quando esperaria

Que a sua mão

Preenche-se a minha

Insuportável escuridão?

 

A noite perdida, lá fora,

supimpa

Precisa,

Estrelas, ao menos, nunca se vão.

 

Mas brilham para você sorrir

De canto, estendem-se no céu, 

Reluz

 

Tudo se clareia

Fecho os olhos, inteira!

Ao meu lado, permeia

Eu sempre esperaria

Para ver a sua luz!"

 

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