Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
A manhã passa devagar
Num doce raiar do dia...
É quando penso em te deixar, mas de te amar
Mais uma vez, eu nunca deixaria.
Mais tarde, vou velejar
Pelas suas estrelas
Que são suas cicatrizes, a formar
Escadarias mais perfeitas
Que me levam à memória
A recordação da tua força, da paixão
Que por nós dois, você, lá fora
Sempre acreditou, nunca disse não.
E é assim que, quando a tarde cai,
Eu sinto que o perdão
É quem mais uma vez se sobressai
Os casais se vão
Para algum lugar quentinho,
Do calor das juntas mãos
À lareira, o canto dos passarinhos
Do mais apaixonado coração.
Minhas mãos estão vazias
Carrego apenas as memórias
Das noites em que, perdidas
As estrelas, lá fora
Brilharam para você sorrir
Enquanto experimentávamos do perdão.
Mesmo assim, não queria te ver partir
Assim, as batalhas se vão.
E foram, não há motivo para ficar
E se ficassem, a minha alma em seu coração
Onde, hora dessa, estaria ou estará?
Ausência incerta: sorriso de cá, não é o mesmo não.
Mas antes de anoitecer
As estrelas, lá fora, perdidas
Vão te dizer
O que eu, aflita
A segurar sua mão
O choro tomaria.
Deixaria que a minha vida
Pulsasse em sua razão.
Até quando esperaria
Que a sua mão
Preenche-se a minha
Insuportável escuridão?
A noite perdida, lá fora,
supimpa
Precisa,
Estrelas, ao menos, nunca se vão.
Mas brilham para você sorrir
De canto, estendem-se no céu,
Reluz
Tudo se clareia
Fecho os olhos, inteira!
Ao meu lado, permeia
Eu sempre esperaria
Para ver a sua luz!"
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