REALIDADES  

31/12/2020

Vejo sangue

Vejo cacos de vidro

Almas ao relento

Sedento de sentimento

 

Vejo dor

Pessoas correndo

Contra o tempo e procurando

Dominar o tempo atroz dos dias

 

Buscar algo em demasia

Nostalgia ...

As horas o tempo

Escorregam e não nos dão tréguas

 

De pensar com clareza

Sentir com destreza

Reflexão com inteireza

De conteúdo e profundidade

 

Pois devemos cumprir as metas diárias

Como quem está sempre afoito

Seguindo os passos cansados

Almejando manter- se em pé

 

A ralé mora ao lado

Não é necessário andar muito

Para ver a destruição do eu

Batendo a porta de nossas janelas

 

Denotando que o mundo é muito mais do que nos tem surgido

Demonstrando nossa impotência

E ineficiência

Diante de um caos instaurado

Sem previsões de ser melhorado

Diante das atrocidades e agonias mundanas

Notícias profanas, sentimentos de inutilidade

 

Enquanto passava com pressa

Buscando o que interessa

Eramos bombardeados pela realidade

Do horror e iniquidade

 

Sem conseguir demasiadas vezes

Mover um grão

Decepção! Assim caminhamos rumo a vala

Nos embriagando de boas ideias

 

E de utopia

Pois para seguir é necessário

Absorver o essencial

Para não sermos parados por tantas reflexões

 

Hamlet já citava

O que seria mais nobre para o espírito

Suportar os dardos do ultrajante fardo adverso?

No fim é isso: resistir para seguir

 

 

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