Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Noutro século
poetas se acotovelavam
no grande ponto
do cenário dos reis.
Havia então
o fundo ilusório
da imagem
em pretibranco,
como em 29:
o crack, o meu poema
marginal.
Neste século
poetas se acostumam
a pedir esmolas,
o naco abandonado
do quinhão de sábios
blasés: os donos
do mundo e da voz.
Façamos o silêncio,
oh, poetas ridículos
que somos todos
tolos!
Sumamos no beco
escuricalmo
do soneteterno
desta desterra!
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