PROPUGNADORES DE MUNDOS

25/03/2020

Nós tendemos a achar que ações democráticas são concepções de mundo, isso porque nos foi ensinado enquanto padrão cultural, que pensar politicamente além de todo esse acervo que nos circunda pode nos fadar em ideologias elásticas. A gente teme uma série de diferenças, porque nós nos colocamos como idealizadores de que o mundo perfeito não necessita delas. Essa linha tênue entre aspecto democrático e ações individuais, talvez seja a coisa mais peculiar que nós enquanto cultura humana possa experimentar. O empenho em fazer com que todos os povos se adequassem a uma configuração individual continua estreitando laços. Na antropologia cultural, aprendemos que os aspectos mais isolados de condutas tem entre eles alguma relação sistemática, acontece que hoje uma conduta individual e não coletiva, pode dizer muito mais sobre o sentimento de reconhecer do que o de estranhar. Adeptos de termos que distribuem o “jus naturale” como uma apologia, como critério de justiça a uma natureza, mal sabem que uma conduta intersubjetiva universalmente válida e imutável não atende diferenças irreconciliáveis, porque em ações culturais e politicas não há um ordenamento para a humanidade, isso não requer de nós uma mente brilhante e nem palavras bem elaboradas como essas, porque no final isso tudo é só mais uma abstração de pensamentos que sufocam, mas nos requer um esforço, e como disse Benedict (1946, p. 19) “[...] haveríamos de perceber que o curso de uma ação não é necessariamente falho só por não ser aquele que conhecemos”.

 

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