Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Escutam os passarinhos
A melodia da manhã,
E deixam seus ninhos
Ao encontro da guardiã
De tudo que existe,
A vida, amanhã,
Persistirá no que resiste?
O gosto da maçã
Ainda envenena a alma,
Ainda a condena
Guardiã, inexplicável, encena.
Ainda é corajosa, insiste.
Encena: tudo se repete!
Nem todos os passarinhos
Voam para casa, a tarde entristece.
Padece pelos ninhos vazios.
A noite é silenciosa
A lua apaixonada!
A noite ainda anda ociosa
A vida, a guardiã, nada fala.
Você vem me visitar
Quando entrego-me à vida
Seja feita a tua vontade, para variar
Faça em mim, melodia.
Toque-me. Permita que eu te sinta
Até que a escuridão se vá
Mas nem sempre até que amanheça
Não quero que se esqueça:
Preciso te amar!
Mas tenho medo que a vida passe por um fio,
Antes que eu te ame, por inteira.
É assim que escutam os passarinhos
A melodia da manhã? À luz da lareira...
A vida passa diante de mim
Os céus se abrem
A grande passagem
Começa encontrando o fim.
Mas se você um dia esteve aqui,
Eu nunca terei partido de ti."
Imagem Ilustrativa do Post: violet bloom // Foto de: Mike W. // Sem alterações
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