Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Devotada a viver na medicina
Mariana encantava em seu mister
E a beleza da alma feminina
Estampava o seu rosto de mulher
Quem doava sorrisos verdadeiros
Almejava estar sempre entre os primeiros
Mas se viu nesse enredo aterrador
Para que outros dudecks não floresça
É preciso que o júri estabeleça
Pena máxima para esse estuprador!
Já o réu, ele estava acostumado
A praticar seu golpe em forma vil
Já que ele responde e é acusado
Noutros trinta processos no Brasil
Mariana era uma jovem cearense
Que aportou neste solo pessoense
Vindo em busca do sonho que a domina
A metade do sonho ela alcançava
Pois quando ela foi morta já estava
Na metade do curso medicina
O Johanes era o tipo ardiloso
Entre um golpe e outro crime ele crescia
Se tivessem punido o criminoso
Mariana jamais o conhecia
O destino com ela foi cruel
Sei que hoje ela olha lá do céu
E roga ao júri que a prece vá além
Na inércia de quem perdeu seu chão
O seu crime foi ter um coração
Que não via a maldade em seu ninguém
Foram todas as provas conseguidas
Pra mostrar que o réu é o assassino
Que ceifou as roseiras mais floridas
De Mariana Thomaz, que desatino!
Ele deve viver lá no presídio
Mas quem foi vítima de feminicídio
Não terá mais lugar para viver
Se a justiça existir, hoje se faz
E quem ceifou de viver Mari Thomaz
Na prisão deverá apodrecer
Mariana Thomaz, moça sublime
Ela tinha mil sonhos pela frente
Foi a vítima fatal de horrendo crime
De um maníaco sem Deus, covardemente
Quem buscava estudar pra salvar vidas
Teve a vida ceifada de repente
E a ferida das dores mais doídas
Estará sempre aberta, tristemente
Foi Johannes Dudeck o assassino
Que ceifou o futuro e o destino
De quem levava amor dentro do peito
Quem tem filho, imagine a triste cena,
A prisão é uma pena bem pequena
Pra quem mata uma jovem desse jeito.
Imagem Ilustrativa do Post: violet bloom // Foto de: Mike W. // Sem alterações
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