POEMA MÓRBIDO  

09/09/2020

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

O Brasil vive uma overdose combinada de cloroquina e Tubaína em meio a 1179 mortes, uma a cada 73 segundos.

Desde 2013, vivemos a embriaguez de uma mistura excessiva entre ideologia e fanatismo, entre esquerda e direita, coxinhas e mortadelas.

Perdemos a noção do que somos e nem sabemos direto o que queremos. Não somos país, não somos nação e a cada dia morremos por dentro em centenas, milhares, centenas de milhares.

Na morbidez dos dias, sobrevivemos a desmandos, autoritarismo e um neoabsolutismos disfarçado de fascismo. Não há mais disfarce para dissimular fatos. Está tudo posto para quem puder ver.

Nas linhas mortas desta humilde obra há as marcas dos últimos anos sofridos, dos buracos que cavamos de um ego ferido criado pela ilusão mais violenta.

A verdade é que o Brasil se sabotou, se enterrou em panos verde e amarelo e tudo o que era patriotismo, virou pretexto para uma periódica morbidez. Foram anos empunhando um luto na ordem e no progresso.

Foram anos forjando uma honestidade morta...

Para lembrar: São quase 1200 mortes e ainda tem mais uma. Um sinônimo de esperança chamado João Pedro.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Weeping stone 2 // Foto de:Ryan Vaarsi// Sem alterações

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