Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Quanta perversão!
Tens certeza de tudo, nada vale o argumento.
Há demasiado exercício do patético. Inundo-me de pesar.
Parecem aderir ao projeto epidêmico do absurdo... sobrevivem à pão e circo, não passam do ridículo, seres de migalhas e ideias pífias.
Idolatram o extermínio, mal sabem, a arma aponta contra sua face apaixonadamente cega.
Se veem num espelho deformado. Se apresentam pomposos, audazes, intocáveis, são meros marrecos afoitos violentos; o pequeno que quer ser grande.
Se há quem obedeça? Mais, beijam pés que pisam em cabeças, se fazem servos de um marreco, e com ele querem se reproduzir. Se reproduzem. Como vermes. Infestam os solos de agonia e mediocridade. Onde se olha há vazio travestido de Hércules.
Bastaria um sopro para se ver revelar o insignificante ser apequenado dotado de sua autoimagem transfigurada... Um marreco nu que berra ao vácuo, um ser ignóbil de riso macabro, um resto de poeira nefasta, corrupta.
Eis o sopro. O vento que derruba a imagem postiça.
Eis o sopro que nos falta.
Imagem Ilustrativa do Post: grave // Foto de: MichaelGaida // Sem alterações
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