PAUSAS  

14/04/2021

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Quando cansar

Aprenda a desacelerar os passos

Ouça seu coração

quase clamando por um afago

 

Algo que te tire do caos mundano

Dos acontecimentos insanos

Que mal pode-se sorver na rapidez dos fatos

 

Aprenda a acolher a si mesmo

A alma quando cansada fraqueja

Precisa de um repouso

Assim como o corpo que não aguenta mais a caminhada

 

Somos carne e sangue pulsante

Sangrando, sentindo, refletindo

E é evidente dentro do lapso temporal fatigante

Da contemporaneidade

 

Que a mente não acompanhe

O turbilhão de sinalizações expostas

Não se engane

 

Ninguém é frágil por precisar acalmar os ânimos

Há grandeza demais em compreender

Sem se arrepender

 

Que a alma, os sentimentos

A carne, sangue e devaneios pulsantes

Necessitam de acolhimento interno

Primordialmente do eu irresignado

 

Que cobra-se tal qual uma máquina

Esquecendo -se das agruras e fraturas expostas

Há grandeza demais em compreender que o tempo nos escorre as mãos

 

E não cabe a nós colocar o mundo nas costas

Mesmo quando parecia tanto conseguir

Aprenda a acolher a si mesmo.

 

 

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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