PARTES DO TODO

31/12/2023

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Viver as partes é uma passagem.

Viver o todo é um caminho.

Viver as partes do todo é se encontrar.

 

É se encontrar com a criança sem medo, sem sombras e de vaidades arquitetadas pelo olhar;

Com as memórias penduradas no varal, que secam com a brisa e não temem o ensolarar;

Com a geometria simétrica das dubiedades;

Com o passado e o futuro nas (in)certezas do presente.

 

Viver as partes é olhar para o todo e saber que a história tem fases.

Fases que revelam dores e demonstram simplicidade;

Dos chinelos amarelos que observam a calçada;

De olhar o tempo sem tempo e de falar no silêncio;

Das janelas entreabertas, portas escancaradas, dos chãos batidos e aviões de papéis.

 

Somos o todo das nossas partes.

Partes de cores laranjas, amarelas, marrons e verdes.

Cores que expõem a luz do que pouco se sabe e muito se espera;

Que fazem sombra, delimitam descanso, suavizam o tempo e trazem esperanças.

Esperança que tem portas verdes, com frestas e ainda fechadas;

De calçada livre para caminhar; de segredos para desvendar; de suspiros e tempestades.

 

Partes do todo que contam histórias.

Histórias dos alegres dias entristecidos e das formosas presunções da verdade. Tudo é uma parte!

Partes que ampliam desejos; diminuem sofrimentos; constituem momentos e deixam saudades.

Histórias do todo onde consiste as partes.

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Texto escrito a partir da foto do Daisson Flach, feita em Assaré, Cariri cearense. 

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Imagem Ilustrativa do Post: sem nome // Foto de: Daisson Flach // Sem alterações

Disponível em: Arquivo pessoal

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