PARADOXO  

15/12/2021

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Houve um tempo, que as minhas janelas debruçavam sobre o céu do meu jardim, um mar de cores e a beleza engarrafada por ele, tinha felicidade certa.

Houve dias, que borboletas brancas como a neve costuravam meus jardins esfarelando o tempo em pequenos frascos.

Houve dias também, que as minhas janelas condenaram os ventos que castigavam severamente a mim, e aos meus jasmins cobertos de violeta.

Mas, havia uma felicidade ali, e eu, era feliz também.

Feliz, por entender a antítese da vida e perceber que a felicidade é quase sempre depositada em pequenos potes em soleira de portas mal pintadas.

 

 

 

 

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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