O TEATRO DA VIDA  

07/12/2021

“Todos os dias “morremos” um pouco. Entretanto, as ilusões do “teatro da vida” nos ressuscitam imediatamente.

Espero que, no final de toda a peça teatral, aos se fecharem as cortinas, tenhamos uma plateia aplaudindo de pé”.

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Este singelo pensamento, elaborei há alguns anos. Recentemente, em razão da pandemia da Covid, quase a cortina do meu palco se fechou. Sobrevivi, mas milhares de pessoas faleceram, muito disto por desídia e descaso do Poder Público. Tudo está sendo muito terrível e dramático

Voltando ao breve texto supra, cabe dizer que, realmente, criamos nossas ilusões e precisamos delas para continuar vivendo esta grande "peça teatral".

Sobre a realidade fenomênica, "mundo da natureza", o ser humano cria seus valores. Tais valores, dialeticamente, o libertam e o aprisionam.

Assim, fora da realidade objetiva, tudo é ficção, tudo é simbólico. Criamos um "mundo ficcional" que nos atormenta e também nos traz felicidade.

Um dia, todos nós terminaremos e ficarão apenas, por algum curto tempo, as lembranças deste bom ou mau ator ...

Melhor explicando o meu pensamento: Como materialista dialético, entendo que o "mundo físico" existe independentemente da nossa consciência sobre ele.

A nossa deficiência em mentalmente representá-lo em nada prejudica a sua ontologia. Podemos "deturpar" a realidade das coisas, mas elas existirão como são, elas não são estáticas e estarão permanentemente em movimento e se transformando.

O "mundo da cultura" é criado pelo ser humano e realmente sofre alguma ingerência de como representamos a realidade fenomênica. Entretanto, julgo que o "mundo da cultura" é uma superestrutura resultante das relações econômicas e sociais que travamos em determinado momento histórico

 

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