O SAGRADO FEMININO

09/06/2019

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Seja delicado: 

Meu corpo é sagrado. 

Dele, sai o leite que alimenta a vida;

Ele é o meio, o caminho, 

O ponto de partida.

No cálice que trago em meu ventre, 

Sinto o milagre de células virando gente.  

Não me violente!

Não me diga o que eu devo,

Nem o que eu não devo fazer. 

Deixe-me ser o que eu quiser ser. 

Eu tenho o direito de dizer como vai doer,

De ostentar, ou não, uma cicatriz. 

Eu tenho o direito de ser feliz,

De chorar ao ouvir chorar o meu bebê.

Eu tenho o direito de amanhecer 

Com o Sol que ajudei a parir. 

Quem dá à luz tem o direito de sorrir. 

Quero estar ao lado da minha Mãe,

Para que ela interceda por mim

E que o pai se faça presente, enfim.

Quero ter quem abraçar, 

Se medo eu sentir;

Quero aceitar o que a natureza decidir. 

Quero flores, quero carinho, 

Quero saber que o meu bebezinho chegou

E que ele está bem.

Eu não sou ninguém:

Eu sou a fábrica do mundo!

Vivencio o amor mais profundo

E sinto, lá no fundo, 

A força que vem de Deus!

O poder de gerar, Ele me deu. 

É gente que sai do meu ventre 

É leite que sai do meu peito...

Do fenômeno mais perfeito,

Sou fonte, sou berço, 

Sou destino. 

No meu corpo, 

Vivencio o sagrado feminino. 

No meu corpo, 

Eu vejo a luz e ilumino, 

No meu corpo, recebo a graça 

Do mistério Divino. 

 

 

Imagem Ilustrativa do Post: low angle photo // Foto de:Phillip Birmes // Sem alterações

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