O RIO QUE TE LEVEI E QUE ME LEVOU

19/01/2024

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

O sol estava ardente, a caminhada até lá foi um misto de sentimentos, e eu me perguntava por várias vezes o porquê do nosso rumo. As folhas pairam pelo chão e pelas lajes com cores de infância e saudade. A água permanecia parada, azul-turquesa, ela sempre foi azul, mas aquele dia parecia um azul triste, de memórias. Dei uma volta sobre os arredores que testemunharam por muitas vezes minhas criancices, minhas brincadeiras de infância e nossos momentos de loucuras gostosas, safadezas, conversas difíceis, por hora, me sento em uma pedra na sombra de uma azeitona e respiro deixando o vento passar, pedindo que ele leve esses pensamentos também, me pergunto se levarei alguém novamente aquele lugar, talvez não seja preciso e nem tenha a mesma magia. A magia estava no que eu atribuía a você, quando te trouxe para o que era importante para mim, sem saber que você nunca se importaria com o tamanho desse ato. Porém, as coisas são como rios, quando a gente acha que seca, ele se revigora novamente. Eu saio daquele lugar revigorado por saber que eu sinto demais, e por saber que você não faz jus a esse sentir.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Spinning // Foto de: Charles Roper // Sem alterações

Disponível em: https://www.flickr.com/photos/charlesroper/17392617601

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