Coluna O Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
O amor dos que não são amados
É o espinho sem a flor
É o efeito colateral sem a cura
É a louca da loucura
Chamando para viver
Fluindo pelas veias
Como fogo que arde
Como desejo que deseja
Quando o desejado já foi embora.
Vida, paixão e tesão
Energia de fogo que procura seu caminho
Para expressar-se em beleza, sentimento e candura.
É a busca pelas mãos
É a pele que domina o dominador
É um território de puro amor
Desejo e saudade no mesmo corpo
Ausente e presente.
É o belo sem elo.
O amor dos que não são amados
É tudo que não existe e é real
Terra, água, ar e fogo
Corpo, emoção, mente e espírito.
Seco, úmido, frio e quente.
Círculos, quadrados e triângulos
Movimento, força e velocidade
Hipóteses e possibilidades
É um teorema indemonstrável.
No mundo há muita gente
Mas não há ninguém que seja igual
Ou semelhante à criatura amada.
Criada para nosso corpo, mente e espírito
Não poderia ser melhor inventada.
Feito o côncavo e o convexo
Perfeição exata, traçada à régua.
Feito potro e égua.
É como poesia imperfeita e rima desarrumada.
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