Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Há muita nobreza
Na profissão do causídico
É quem salva o cliente
Do ilegal e do inverídico
E há um sem-número de adjetivos
Mas o advogado é mesmo
Um pidão:
"Vossa Excelência: isso!"
"Vossa Excelência: aquilo!"
Credor por natureza,
Uns lhe devem dinheiro
Outros lhe devem liberação de alvará
Há quem lhe deva deferimento, provimento
E "ai" daquele que se atreva
Ao não acolhimento
De seus embargos de declaração
Ao dormir,
Não reza uma prece, mas uma petição:
"Santo Ivo: isso!"
"Santo Ivo: aquilo!"
E se o provimento divino não lhe agrada
Ele interpõe apelação:
Pelo amor de Deus!
A lide é dura
A turma não majora os honorários
A Secretaria não faz a conclusão
Prazo, prova e pressa
Quanta luta e abdicação
Mas nem tudo está perdido:
O advogado tem fé e convicção
E suplica extraordinariamente:
"Ao Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente
Do Supremo Tribunal Federal"
Pede admissão e cumprimento
Sob pena de agravo
E reclamação
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