NA LITERATURA ME SINTO LIVRE  

29/01/2021

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

sem mérito a proteger.

Sigo algumas palavras enquanto outras me seguem

Perseguem, atormentam, o que querem?

Procurar a dor ia,

pois nela está a vida.

Mas somente pelas madrugadas

Pois tenho ocupação aos dias.

Machado que me entende

Também, aos dias, defensor do bom direito;

Preso tal qual eu

E só lá pelas tantas, escritor.

Parecer, apelação ou agravo

Despacho, sentença, decisão

Textos técnicos, sem soberba

Se há modelo o que dizer então?

Data venia, chamo a técnica de apatia

Presunção minha, iuris et de iure

A parcialidade incutida nos seus versos

Não induzem impedimento ou suspeição.

No entanto, entendo haver uma contradição

Os versos são doces, o veredito não.

Razão por que interponho embargos de declaração

Conheça-os e os receba, pois.

Hipossuficiente, rogo estar em teus braços.

Sendo o pedido improcedente

não me interessa duplo grau de jurisdição

pois quem mais poderia acatar a querela

se aqui vige o princípio da amada natural?

 

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