Música, transgressão e contracultura: Criminologia e Rock

19/12/2020

A história deste livro já foi em grande parte contada por Pedro da Silva Moreira, então Vice-Presidente do CAAR, no que poderíamos considerar como seu primeiro volume, "Criminologia Cultural e Rock", escrito em co-autoria pelos quatro organizadores e publicado há nove anos na coleção "CriminologiaS: Discursos para a Academia". Ele começa em 2009 com um minicurso elaborado em conjunto com os estudantes por um de nós, Moysés Pinto Neto, durante sua passagem na Faculdade de Direito da UFRGS a partir de alguns insights pontuais que percorriam as aulas de Criminologia, em geral com finalidade de ilustrar com exemplos certas transformações histórico-culturais. A partir do ano seguinte, com a passagem de Salo de Carvalho pela mesma Faculdade, o evento ganhou asas e recebeu o acréscimo de José Linck e Marcelo Mayora, tornando-se múltiplo e com mais de uma edição. Sabíamos que havia uma expectativa por aproximações contraculturais no campo do Direito, mas não pensávamos que o evento seria tão bem recebido. Depois da UFRGS, o evento passou por uma quase "turnê" pelo Rio Grande do Sul, em diversas faculdades (UFSM, UPF, FURG, UniRitter, UCPEL, entre outras), e pelo resto do Brasil (Rio de Janeiro, Santa Catarina, Brasília e Paraná).

Eram outros tempos.

Em pleno 2010, o Direito do qual saíamos vinha finalmente desacorrentando-se do formalismo cafona e da prisão dogmática dos engravatados para aventurar-se em novas experiências que envolviam em escala cada vez maior a aproximação com literatura, cinema e outras artes. O ambiente de otimismo com o futuro e a visível transformação política - com uma juventude emergente cheia de energia e sedenta por conhecimento e engajamento - alimentavam uma sinergia de elementos que confluíam nos pequenos acontecimentos que cada um desses eventos sintetizava.

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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