Mulher - Aline Venutto

27/12/2020

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Seria, talvez, distopia

Se nós mulheres não sentíssemos na pele todo dia

Injustiça, exclusão e hierarquia

Aumentando ainda mais nossa agonia

Vivemos como se buscássemos a bendita alforria

 

Reconheçamos, nas mulheres

As mãos que suportam o mundo e carregam flores

Ingredientes que nutrem de todos os sabores

Simbologia do regaço acolhedor que dissemina valores

 

É garra, exemplo, luta e fé

Loucura, silêncio, grito de uma voz que permanece de pé

Amparo, apoio e repúdio a tudo que te afasta do que quer

Abraço, braço e pulso firme remando em qualquer maré

 

Rastros históricos de uma eterna superação

Não se distinguem por raça, são uma nação.

Mesmo que pela cor da pele ocorra certa objeção

Branca, Negra, Mestiça ou azul

É o seu ventre que gera e procria do norte ao sul

 

O seu coração é o próprio AmarElo

Seu colo a defesa para qualquer flagelo

Sutileza e nobreza dignas de um castelo

Mas, a humanidade fez delas um paralelo

Por tudo isso ... remodelo

Anelo

E espero

Que percebamos que somos todos, um único elo.

 

 

Respeitando a idiossincrasia

Falemos em polifonia

Ser mulher, é ser harmonia

Mesmo com tanta avaria

Permaneçamos sorrindo com alegria

A força é nosso prato de todo dia.

 

Para que em plena primavera

Acreditemos numa nova era

Em que a mulher se considera

Muito mais do que a sociedade impõe e espera!

Somos o ar dessa atmosfera.

O porvir passado e futuro formam nossa quimera.

Somos halo do amor genuíno que prospera!

 

 

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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