Morada  

16/01/2019

 

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Sou inútil com palavras, em silêncio me engrandeço

Balbucio esterilidades no jardim de palavras mudas

Aprendiz de ser humano, cada diz traz lições quando ouço e não reclamo

Quero música e não discurso. Sigo o curso de uma nota

Abomino coisas sérias, me admiram as anedotas, surpreendem os idiotas

Escuto o canto de um pássaro, ouço as vozes que dão sono, compartilho um riso insano, durmo e antes me abrigo, na leveza de um afago

Noite e dia te desejo, corpo alma e companhia, compartilho da tua alma e o teu cheiro me alimenta

Acordo desse sonho e lúcido, sigo a sonhar ao teu lado, na doce ilusão real, ó minha amada

No teu templo mundano e sacrossanto deito, nele pouso e me edifico, é aqui a minha morada

 

 

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