Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Sou inútil com palavras, em silêncio me engrandeço
Balbucio esterilidades no jardim de palavras mudas
Aprendiz de ser humano, cada diz traz lições quando ouço e não reclamo
Quero música e não discurso. Sigo o curso de uma nota
Abomino coisas sérias, me admiram as anedotas, surpreendem os idiotas
Escuto o canto de um pássaro, ouço as vozes que dão sono, compartilho um riso insano, durmo e antes me abrigo, na leveza de um afago
Noite e dia te desejo, corpo alma e companhia, compartilho da tua alma e o teu cheiro me alimenta
Acordo desse sonho e lúcido, sigo a sonhar ao teu lado, na doce ilusão real, ó minha amada
No teu templo mundano e sacrossanto deito, nele pouso e me edifico, é aqui a minha morada