Me errem

03/06/2021

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Disseram que estou louca

Que só vejo ruindade

Não enxergo a beleza,

Que estou amargurada,

Vivo reclamando de cabeça baixa,

Tô sempre apontado uma podridão!

 

Meus amigos, não se preocupem!

Já fui no doutô

Disse que enxergo bem e não há problemas de dentro!

Me receitou chá de boldo e a revolução.

 

É que vivemos num tempo de insensatez,

Me afeto pelos arredores e me sinto ainda viva, pulsante!

Não confundam minha revolta com seus fantásticos berros!

 

Quem está doente são vocês, meus amigos!

Que abraçam a bandeira e gozam por prisão!

Que se escravizam em nome de uma figura vil!

Já se cegaram e estão dormentes!

Quem sorri em terra arrasada foi consumido, está noutra dimensão!

 

Me errem meus amigos!

Quero chorar pelo meu país, quero minha bandeira de volta!

Quero me indignar e protestar meus amigos!

Ainda não perdi a sensibilidade,

Não deixarei que me contaminem, meus amigos!

Preciso de lucidez e não insensatez!

 

Imagem Ilustrativa do Post: silhouette of a woman // Foto de:  Sasha Freemind  // Sem alterações

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