Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Mãe ...
A leoa
A mulher que todos rendem homenagem
Não poderia ser diferente
Num determinado momento
Neguei esse amor por não entender
Porque a mulher ficava quieta com seus afazeres
Enquanto o homem ganhava o mundo
Conheci esse mundo
Como se fosse o menino que não veio
Criei um desejo de ter essa liberdade do homem
Que aquela mulher não tinha
Mulher sofrida
Não demonstrava
Cuidava da sua filha
O som da proteção era com as portas fechadas
Só entendi a mulher mãe
Quando enxerguei em mim
Semelhanças da mulher calada
Aquela que não admirei
Mas que segurou minha mão quando todos negaram
Com roupa de mãe entranhada em sua pele
Rugiu alto outra vez
Em defesa das filhas
Dona Marilene tornou-se meu orgulho eterno
Antes de partir
Ela ouviu
Perdoe mãe! Eu te amo!
E, por ela
Ninguém mais amordaça minha voz.
Imagem Ilustrativa do Post: green plants // Foto de: Beto Galetto // Sem alterações
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