Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Estou longe de casa
Não há caminho para me levar
Para perto do calor de sua alma
Perco o céu lindo daquele lugar.
A tristeza bate à porta
Que me sufoca ao vir me visitar
Nem uma gota de sossego
Que pudesse ouvir o meu apelo
Vem fazer chover meu olhar.
Ando sobre a areia
De uma grande praia
Onde não se pode refletir as estrelas
e eu sou tão pequena, que quase nada.
Mas de onde vale a pena
Sentir a dor percorrer a alma
Eu chamo teu nome
Que milagrosamente me responde, e me afaga.
Como eu sei que me fala?
Meu dia vai amanhecendo!
O que ficou aqui dentro
Tua luz toca e acalma.
Como um passarinho
Que volta para casa
Sacudindo suas asas
Retorna ao ninho
E pode acolher seus pequeninos
Que sobreviveram à geada
Carregado de calor do verão
De onde veio e onde a luz é farta.
Abraça-os e os aquece a alma
Lança-os à vida, que sem nada
Em troca, toca e de graça
Se alegra, serena e alva.
Assim me sinto e o que sinto
É que o teu amor me basta
Assim como basta que a tua luz
O dia que conduz, o faça.
Assim como basta que o céu
De uma noite repleta de estrelas
Somente a tua luz receba
A lua, então, sorri à tua graça.
Estou longe de casa
Mas da casa que eu vivia presa.
Não há outro caminho que eu queira
Ou que gostaria que me guiassem
Pois onde há dor...
Para perto do calor de sua alma
Um único caminho se revela
Vejo que um lindo céu me espera
Onde reina toda calma.
...é onde há amor.
Imagem Ilustrativa do Post: violet bloom // Foto de: Mike W. // Sem alterações
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