Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Há um terrível vazio no mundo cheio de espaços.
Transeuntes e veículos apertados no trânsito.
Egoísmo insensível, alma sem cântico.
Andarilhos com pés descalços
a procura de um abrigo romântico.
Nessa longa estrada da vida,
vai andando sem querer parar.
Até que possa encontrar vazio, algum lugar.
Para ocupar o espaço da sua alma,
para acalentar seus medos e desilusões;
diante de um mundo vazio de corações.
Feito pedra dura que não se fura.
Mundo cheio de vazio, vazio de alma.
Droga que não acalma.
Mundo cheio de espaço,
que não abriga o descalço.
O desabrigado andarilho desempregado,
e outros cidadãos de bem desalojados.
Entre vastos espaços existentes no mundo.
Terras férteis que são latifúndios.
Não se tem espaço, que infortúnio!
Nesse mundo líquido destemperado
que não acolhe os necessitados.
Excêntrico lirismo acantoado.
Êta! Mundo cheio de vazio de alma.
Terrível mundo de aloprados.
Imagem Ilustrativa do Post: Fotos Cementerio de Vegueta : El Guardián de La Memoria. Las Palmas de Gran Canaria // Foto de: El Coleccionista de Instantes Fotografía & Video // Sem alterações
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/agenciasenado/22622154783
Licença de uso: https://creativecommons.org/publicdomain/mark/2.0/