O livro tem outro mérito, que foge à estreita temática das provas neurocientíficas. Trata-se, em realidade, do pano de fundo da discussão em questão: a complexa relação entre Direito e ciências naturais, especialmente em relação à recepção das novidades científicas pelo sistema jurídico. Ao estudar profundamente a neurociência e as provas no processo penal, o Autor está, simultaneamente, contribuindo para uma nova página no Direito Processual Penal brasileiro: a de permitir que o processo internalize as novidades científicas para aprimorar sua qualidade epistemológica, ao mesmo tempo em que não se desfigure ou se descaracterize para ser colonizado pela técnica científica."
Trecho do prefácio
Gustavo Henrique Badaró