Janela (ou outros modos de olhar uma casa em tempos de solitude)

24/08/2022

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Janela, abertura na parede de uma casa, por onde se vê lá fora, por onde os olhos se perdem céu acima, horizonte abaixo. Finalidade de deixar entrar luz, vento, chuva, alento. Desejo de expandir anseios.

Janela, lugar por onde se chega, no corpo, à alma. Olhos de ver lá dentro, depois do corpo, nos vãos ou vagos dos pensamentos, onde se esgueiram, sorrateiros, os sentimentos.

Janela, em tempos de isolamento, o melhor lugar de se respirar fundo, perder-se de vista, deixar-se a esmo, meditar sobre o nada, o todo.

Janela combina com asa, ambas requerem amplidão, abertura, movimento, um caminho para o céu. Lugar por onde a luz entra, sai, navega, levita, naufraga.

 

 

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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