INVASÃO

18/12/2022

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Mato

Sempre que mergulho nas profundezas dos seus olhos castanhos, sou tomada pela fúria dos desejos mais intensos e sublimes.

Ao mesmo tempo, a serenidade domina o meu ser, criando uma inexplicável e peculiar dualidade. 

Quando as suas mãos tocam suavemente o meu corpo, sinto a expressão dos caminhos desbravados, lentamente, percorrendo uma trilha infinita. 

Os poetas defendem que o amor é a utopia dos encantados, mas eu afirmo que é a máxima união do que há de melhor em dois seres.

A unidade bela e indestrutível de dois imperfeitos. 

É a simbiose da nossa pele e do nosso cheiro, formando uma alquimia de sensações e sentimentos, traduzindo a essência do nosso coração, ora sensível, ora incandescente. 

É o cheiro do seu café que toma conta da casa. É o som dos seus treinos de paradiddles.

É o levitar de todas as manhãs.

É a risada escandalosa e desajeitada.

É aquele abraço em que fico na ponta dos pés.

É o aconchego da madrugada.

É o seu corpo que me abriga.

É você cantando Johnny Cash no banho enquanto acompanho a letra pelo quarto.

É o seu perfume impregnado em meu corpo.

É o apoio incondicional, o incentivo diário e a fortaleza que me acolhe. 

Talvez, o amor seja essa palavra curta e sem uma explicação concisa e bem definida. 

Ou talvez, apenas transborde e invada os amantes, sem hora marcada e sem pedir licença.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Apaixonados // Foto de:Emanuel De Costa // Sem alterações

Disponível em: https://www.flickr.com/photos/decostaemanuel/15237515161/in/

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