Introdução à criminologia verde: Perspectivas críticas, descoloniais e do Sul | organizadores: Marília de Nardin Budó, David Rodriguez Goyes, Lorenzo Natali, Ragnhild Sollund e Avi Brisman | entrega imediata!

20/06/2022

A obra Introdução à criminologia verde: Perspectivas críticas, descoloniais e do Sul, está disponível no site da Tirant!

 

Crise climática, negacionismo científico, catástrofes ambientais, desmonte de órgãos fiscalizadores no Brasil. Sem dúvidas, este é um momento oportuno para publicarmos o primeiro livro de criminologia verde no país. A criminologia verde está enraizada na criminologia crítica e está atenta aos danos causados pelo capitalismo, especialmente através de condutas praticadas por agentes poderosos. Ela propõe o estudo de crimes e danos ambientais que afetam a vida humana e não humana, os ecossistemas e a biosfera. Mais especificamente, explora e analisa: as causas estruturais, as consequências e a prevalência de crimes e danos ambientais, as respostas e a prevenção de crimes e danos ambientais pelo sistema jurídico, pela ação de entidades não-governamentais e movimentos sociais, bem como o sentido e as representações mediadas de crimes e danos ambientais.

Além de propor novas perguntas e conduzir a inovações na teoria e nos métodos, a criminologia verde também compartilha algumas das características clássicas que definiram a tarefa criminológica, abordando questões simples:

Por que e como as leis são produzidas e violadas? O que pode ser feito em resposta? Por que alguns atos são criminalizados e outros não, mesmo quando estes podem acarretar muito mais danos, a exemplo da poluição e da extração de petróleo e de carbono?
Ao mesmo tempo, o conhecimento proveniente da periferia do capitalismo, ou Sul Global, reflete uma imprescindível compreensão do ambiente natural para estudar e combater a degradação ambiental e, não menos importante, contribuir com um campo acadêmico que compreenda melhor e dê passos maiores no sentido de conter práticas ambientalmente destrutivas. Necessariamente, este campo será crítico ao capitalismo, em sua sanha devoradora da natureza, identificando, no centro da análise, o papel do racismo, do androcentrismo, do antropocentrismo e do especismo na hierarquização de corpos prevalentemente atingidos pelos danos socioambientais.

 

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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