Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Não há abrigo que possa abrigar,
Nem fogo que possa esquentar
Ou caminho que possa ensinar
Um coração que não aprendeu amar
A querer amar
A ele resta os desejos rasos, gozo sem poesia, toque sem magia
Contentamento com o ideal, sem oposição ao moral
Igreja de domingo, foto de natal
A ele resta os discursos de alegrias meritocráticas
As declarações leviana em redes sociais
A ele não importa o pulsar, apenas, continuar pulsando
Com a mesma frequência
Ele não responde a um olhar
E jamais responderá
Para não sentir
Foi programado assim, a segurança, constância de nada sentir
E a nada mais que suas certezas
Em sociedade liquida e de máscaras
Que o condenam a nada.
Imagem Ilustrativa do Post: violet bloom // Foto de: Mike W. // Sem alterações
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