HOMEM MÉDIO

29/10/2023

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Não há abrigo que possa abrigar,

Nem fogo que possa esquentar

Ou caminho que possa ensinar

Um coração que não aprendeu amar

A querer amar

 A ele resta os desejos rasos, gozo sem poesia, toque sem magia

 Contentamento com o ideal, sem oposição ao moral

 Igreja de domingo, foto de natal

A ele resta os discursos de alegrias meritocráticas

As declarações leviana em redes sociais 

A ele não importa o pulsar, apenas, continuar pulsando

Com a mesma frequência

Ele não responde a um olhar

 E jamais responderá

Para não sentir

Foi programado assim, a segurança, constância de nada sentir

E a nada mais que suas certezas

Em sociedade liquida e de máscaras

Que o condenam a nada.

 

Imagem Ilustrativa do Post: violet bloom // Foto de: Mike W. // Sem alterações

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