GUERRA  

23/10/2019

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos


Nessa guerra eterna,
Entre honras, entre egos
E dogmas machistas,
Resolvi me assumir artista.
Eu canto, danço
E me equilibro em versos; 
É complexo,
Mas o poema é meu carma.
Não empunho armas,
Muito embora tenha boa mira.
Sei que há quem as prefira,
Mas já me acho perigosa
Só porque eu porto rosas
Carregadas de espinhos
E domino a arte do carinho.
Sei deixar em desalinho
Os lençóis de uma cama,
Sei manter acesa a chama,
O tal fogo amigo e amante,
Antes, depois e durante.
Nessa guerra eterna,
Entre o amor romântico,
Entre o amor próprio,
Minha arma é o ópio
Que forneço com um beijo
Atiçando todo tipo de desejo.
Nessa guerra sem consenso,
Ora perco, ora venço,
Ora ataco, ou me defendo
E só uma palavra compreendo:
Amor. Simplesmente amor.
Seja ele como for,
Será, sempre, a minha bandeira
Quer o mundo queira,
Quer o mundo não queira.

 

 

 

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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