A entrevista de hoje é o autor Fernando Lopes, um dos autores da obra "Blockchain, Bitcoin e Smart Contracts". A obra foi escrita por Fernando Lopes e Adriana Siliprandi.
Sobre Adriana Siliprandi
Empreendedora no mercado de Criptoativos, com foco em Inovação e Blockchain. Sócia-Fundadora da Exo Global, formada em Administração pelo UNICURITIBA, CBA em Gestão Empresarial pelo IBMEC, MBA em Gestão de Pessoas pelo UNICURITIBA, Master em Gestão de Negócios pelo INSPER e acadêmica de Direito na UTP.
Sobre Fernando Lopes
Diretor Jurídico na Exo Global. Especializado em Blockchain pela State University of New York. Especializado em Direito Penal e Criminologia pelo ICPC. Extensão em Fintechs pela Universidade de Copenhagen. Extensão em Filosofia Política pela Universidade de Yale. Mestrando em Direito empresarial no UNICURITIBA.
1. Qual a proposta do livro "Blockchain "?
Por um lado, discutir as implicações jurídicas, econômicas e sociais da substituição da moeda e dos contratos pelas criptomoedas e pelos smart contracts; por outro, as implicações de utilizar a Blockchain como único meio de registro de informações, em especial no que se refere aos direitos de propriedade.
2. Quais as motivações para publicar uma obra sobre este tema?
A tendência de substituição da moeda, dos contratos, e dos registros de informações, respectivamente pelas criptomoedas, pelos smart contracts, e pela Blockchain, torna imperioso que os reflexos sociais, jurídicos, e econômicos desses fatos sejam discutidos com a comunidade.
3. De que maneira a temática abordada contribui com a área jurídica?
As alterações sociais provocadas pelas substituições mencionadas, tendem a tornar obsoleto o atual modo de funcionamento das instituições jurídicas, e a forma tradicional de compreensão da ciência do direito.
4. O que a obra deseja passar ao leitor sobre a importância desse assunto?
Essas tecnologias possuem potencial para resolver graves problemas sociais como a desigualdade social e econômica, a corrupção, a insegurança nas relações contratuais, a degradação do meio ambiente, dentre outros. Porém, se o Estado não se atentar para a especificidade do fenômeno, e buscar regulamentar essas tecnologias segundo o modelo jurídico tradicional, os efeitos podem ser catastróficos para a sociedade.
5. Qual é a maior dificuldade de falar sobre esse tema?
Quando Graham Bell falou da invenção do telefone para Sir Willian Preece, que era o engenheiro chefe no British Post Office, este achou a invenção inútil, porque eles tinham muitos mensageiros para levar as informações. Ou seja, as pessoas tendem a ter dificuldades para entender os impactos de fenômenos disruptivos.