ENTRE UM VERSO E OUTRO

08/11/2020

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos


No inicio, não tínhamos versos.
Apenas havia a imensidão do espaço.

Depois é que veio o Traço
Formando os corpos
Que passaram a habitar toda parte.

Entre o dito e o não-dito,
Somos a expressão da arte.

É essa ideia de gente,
A nossa própria cara.

A história é o laço da escrita,
Que plantou nossas raízes sobre a Terra.

O talentoso Orfeu,
Um verso faz nascer.
Sua comunhão com a natureza:
Outro modo de ser presente.

O meio é quem traz
O véu da dessemelhança.

O fim só existirá
Se encontrar
O novo começo.

Ó, alma minha,
Acrescente todo acalanto
A esses pobres versos.
A lira que faz amar
Sem que me permita olhar para trás,
Revelando, assim,
Aquilo de que somos capazes:
Dormiremos versos
E acordaremos versificados.


O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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