EMPATIA

12/01/2022

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

 

Estatisticamente o termo mais usado nas redes sociais na atualidade

otimizado ainda, pelo caos pandêmico

o que implacavelmente evidencia o vazio humano

escancarando a entrega fútil às sensações sem propósito

e às culturas epicuristas subtilizadas

posições e discursos que convêm e acalentam nossos nervos cerebrais

 

Abdicamos do esforço da compreensão?

Renunciamos ao modo da contemplação?

Erguemos muros de uma vã filosofia entre nós?

 

Rechaçamos todas as possibilidades de outras realidades que distam das nossas próprias sensações

encobriu-nos um grande crepúsculo de uma pseudoerudição que sentimos

que é nutrida por uma forte dedicação aos débeis entretenimentos.

Apreciamos exclusivamente a estética da vida

uma vida de encaixes, completamente estereotipada

e assim, nos deparamos com o abismo

obcecados por felicidade e satisfação instantâneas

criamos a dor para evitar sentir a própria dor.

 

Talvez, tudo isso seja tão somente a assunção de uma total inconsciência

uma ausência de fé do humano para com a humanidade que pertence

uma solenidade que registra o quão alheios e indiferentes estamos aos tantos mundos existentes

falta reconhecimento

falta respeito

falta sensibilidade.

 

Uma revolução empática, é o que conclamamos!

 

Desejando que a desconstrução se faça

como movimento de contração e expansão, de dentro para fora do próprio significante almejado:

a empatia!

Através do (im)perfeito deslocamento de posturas

ao encantamento de uma remodelagem nada linear de ideais

Que as pandemias de doenças, deem lugar às pandemias de compaixão e alteridade

 

Afinal, como afirma Fernando Pessoa

“O coração, se pudesse pensar, pararia.”

 

Imagem Ilustrativa do Post: hands formed red heart // Foto de: Tim Marshall // Sem alterações

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