ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2018  

30/10/2018

 

Quando estes textos forem publicados, nesta coluna, já teremos o resultado definitivo dessas importantíssimas eleições para a presidência da nossa república.

De qualquer forma, o que escrevemos dias antes, qualquer que seja o resultado, tem inteira atualidade. O diagnóstico feito abaixo e a dicotomia que apresentamos em seguida têm pertinência independentemente do que restou decidido nesta disputada eleição. Vamos, pois, aos nossos textos.

 

 

1) A NOSSA SOCIEDADE ESTÁ DOENTE!!!

As pessoas estão infantilizadas;

As pessoas estão ficando idiotas:

As pessoas estão cultivando a ignorância;

As pessoas não querem saber de racionalidade;

As pessoas estão se tornando presas fáceis dos oportunistas;

As pessoas estão alienadas e nada sabem; pior, não querem saber;

As pessoas não estudam e não gostam de ler, preferem ficar dedilhando celulares para verem se são notadas;

As pessoas estão sendo induzidas a ficar descrentes da ciência e crentes de mistificações;

As pessoas estão ficando ruins e perversas e já não defendem valores como solidariedade e generosidade, embora digam que são cristãs;

As pessoas estão deixando de ser pessoas, estão perdendo a sua humanidade;

As pessoas preferem votar no capitão truculento, sem instrução e despreparado a votar no professor universitário, mestre em economia e doutor em filosofia;

As pessoas ... Onde estão as pessoas ???

 

2) NA VERDADE, DECIDIMOS ENTRE:

Um miliciano ou um professor;

A barbárie e a civilização;

A truculência ou a razão;

O autoritarismo ou a democracia política;

A destruição ambiental ou a proteção do meio ambiente;

A concentração da renda nacional ou a distribuição da renda entre os mais pobres;

Uma sociedade onde poucos têm muito e muitos têm pouco ou uma verdadeira justiça social, onde haja vida digna para todos;

O fanatismo religioso ou o conhecimento científico;

O poder militar ou o poder civil;

A educação informal ingênua e ou a educação crítica;

O conhecimento histórico mistificador ou a história real, contada pelos vencedores e pelos vencidos;

Um sistema de direito autoritário ou o Estado Democrático de Direito;

Um falso moralismo ou uma moral cunhada pela cultura popular e histórica;

Uma juventude com velhos valores e conservadora ou uma geração de jovens críticos e criativos;

A perseguição social das minorias ou a convivência pacífica dos diferentes;

A relativização dos direitos ou a proteção dos direitos fundamentais das pessoas e dos direito sociais;

O capital ou o trabalho;

A “cultura” do individualismo, do consumismo e do lucro ou a “cultura” da generosidade, da cooperação e do social;

Uma ditadura militar, ainda que disfarçada, ou uma sociedade sem tutela militar e regida pelas instituições de um Estado Democrático de Direito;

Enfim, entre um povo domesticado, influenciado por um Estado retrógrado e uma mídia empresarial ou um povo capaz de criar as condições sociais e objetivas para ser feliz.

Vale dizer, temos de decidir entre o capitão truculento e o professor universitário Fernando Haddad.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Terminal e urna eletrônica // Foto de: TRE - RJ // Sem alterações

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