Eco

27/01/2019

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

ainda estou muda
encolhida e desfeita
nessa lama
que vale 
um sórdido ouro
de novo
embrulhando
enojando
matando
corpos suprimidos
sonhos violados
sol e lua
que não nascerão
nos olhos enterrados
pela ambição 
e pelo desprezo
muda a voz
perdem-se cores
restando 
apenas esse barro
onde se esculpe
o ódio e a raiva
não há palavras
esse poema 
é só um eco 
do nosso assombro

 

Imagem Ilustrativa do Post: Brumadinho // Foto de: Twitter Trends 2019 // Sem alterações

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