O motivo que me leva a publicar este texto, pelo Brasil afora, é estimular, principalmente nos jovens, o bairrismo. Ninguém ama a Grande Pátria se não amar primeiro a Pequena Pátria, aquele pedacinho de chão que recebeu nossos primeiros passos.
No próximo 29 de junho será celebrado, mais uma vez, o Dia de Cachoeiro.
Cachoeiro de Itapemirim foi a primeira cidade brasileira a ter um dia dedicado ao acolhimento dos filhos que se afastaram do torrão, em busca de trabalho, essa busca que alimenta nossas lutas.
O autor da ideia de criação do Dia de Cachoeiro foi o poeta Newton Braga que tem hoje um busto reverenciado na praça principal da cidade.
Por ocasião do Dia de Cachoeiro é escolhido, com amplo debate público, o Cachoeirense Ausente Número Um.
Neste ano a homenagem excelsa será conferida ao advogado José Eduardo Coelho Dias, bisneto de Maurílio Coelho, o criador da fábrica de pios de aves, internacionalemtne conhecida.
Na escolha de sua especialidade, como Advogado, José Eduardo revelou seu humanismo – Direito de Família. Poderia ter escolhido outra área da Advocacia, mais rendosa. Entretanto optou pelo Direito de Família, onde presta mais serviços gratuitos do que pagos, porém serve à pessoa humana nos momentos de dor e angústia.
Este articulista foi Cachoeirense Ausente Número Um em 1985. Foi a maior homenagem que poderia receber na vida, incomparavelmente maior do que se tivesse sido escolhido para a Academia Brasileira de Letras.
O “Cachoeirense Ausente Número Um” deve ser o espelho do que há de mais nobre na alma cachoeirense.
Essa alma cachoeirense é tão intensa e profunda que Rubem Braga escreveu:
”Que relevância tem isto de ser o curió da crônica, ter elevado a crônica, como alguns dizem, de seu modesto espaço marginal para a condição de gênero literário de primeira grandeza?
Isto tudo são frivolidades.
Mais importante do que tudo é poder afirmar
modéstia à parte eu sou de Cachoeiro de Itapemirim”.
A alma cachoeirense tem características que a singularizam porque foi talhada através do tempo.
Na política, Jerônimo Monteiro, o maior Governador do Estado do Espírito Santo, nasceu em Cachoeiro.
Nas artes são cachoeirenses astros como Rubem Braga, cronista, e Newton Braga, poeta, já citados, Roberto Carlos, Sérgio Sampaio, Carlos Imperial, Levino Fânzeres, Luz Del Fuego, Raul Sampaio Coco, Jece Valadão.
Também cachoeirenses anônimos, que não são nome de rua, colocaram seu tijolo na edificação da alma cachoeirense.
O Cachorense Ausente Número Um deve ser alguém que seja titular de todas as características da alma cachoeirense.
José Eduardo Coelho Dias é legítimo espelho da alma cachoeirense e foi um ato de Justiça e Sabedoria sua escolha para Cachoeirense Ausente Número Um de 2018.
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